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1.Informe da reunião do Diretório Nacional do PT realizada dia 20 de março de 2014
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Informe sobre a reunião do
Diretório Nacional do PT
Nesta
última quinta (20), o DN do PT esteve reunido em Brasília. Estiveram presentes, representando a Articulação de Esquerda:
Bruno Elias, Rosana Ramos, Adriano de Oliveira, Jandyra Uehara e Ari Vanazzi (presidente estadual do PT-RS).
A
reunião foi aberta com a seguinte pauta:
1 – Normas complementares
e diretrizes para as eleições de 2014;
2 – Substituição na
diretoria da FPA;
3 – Eleição da nova
diretoria e aprovação do Plano de Trabalho da Escola Nacional de Formação do PT;
4 – Conjuntura Política.
O debate
foi precedido de informes da secretaria de movimentos populares sobre as
campanhas do plebiscito da Constituinte e da Lei da Mídia Democrática, da JPT
sobre a Jornada de Lutas da Juventude, da Secretaria de Mobilização sobre as
atividades sobre os 50 anos do Golpe, do Setorial de Combate ao Racismo e da
Fundação Perseu Abramo.
Em
relação à FPA, o DN aprovou a substituição do Arthur Henrique, que assumiu uma
secretaria do governo Haddad em São Paulo, pelo novo diretor, Kjeld Jakobsen.
O
3º ponto foi tirado de pauta.
Sobre
as “Normas complementares
e diretrizes para as eleições de 2014” apresentadas pelo presidente do PT,
apresentaram emendas a AE, a MS (Militância Socialista) e a DS (Democracia Socialista).
As
emendas apresentadas pela AE seguem abaixo, em negrito. Em geral, reivindicavam que o Encontro
Nacional de maio teria centralidade na definição e aprovação da tática eleitoral e da política de alianças;
e reivindicavam a redução do peso da executiva nacional ou de alguns secretários /presidente
em relação ao DN nessas decisões.
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NORMAS
COMPLEMENTARES AO ESTATUTO DO PT PARA AS ELEIÇÕES 2014
“O Diretório Nacional do PT, reunido em .... no dia
... de março de 2014, decidiu aprovar,
nos termos do que dispõe o artigo 7º, § 1º da Lei 9.504, de 30 de setembro de
1997, as seguintes normas complementares para a Escolha dos candidatos e
deliberação sobre Coligações:
Artigo 1º: As Convenções oficiais destinadas a
deliberar sobre a Escolha de candidatos e Coligações, em observância ao
disposto na Lei n.º 9.504/97 e na Resolução n.º ....-TSE, serão realizadas de
acordo com as normas estabelecidas no Estatuto do PT e nas presentes normas
complementares.
Artigo 2º: Os
Diretórios Estaduais serão orientados para que as coligações atendam as
diretrizes sobre tática eleitoral e política de alianças aprovadas pelo encontro extraordinário de tática eleitoral, convocado
para maio de 2014, sendo que:
1.
Será respeitada a
autonomia e a disputa interna no processo de escolha das pré-candidaturas
majoritárias e na discussão sobre alianças eleitorais estaduais, que deverão
ser construídas não apenas para conquistar vitórias importantes nos Estados,
como também para contribuir para a reeleição
da Presidenta Dilma;
2.
Divergências internas deverão ser
resolvidas no campo da política, com base no respeito às negociações e no cumprimento às decisões adotadas pelo
encontro extraordinário de tática eleitoral, sob pena de anulação das
deliberações adotadas pela instância estadual;
3.
A chapa final com
a definição sobre coligações, em cada Estado, somente poderá ser registrada
perante a Justiça Eleitoral APÓS a devida homologação pela direção nacional.
4. O Diretório
Nacional recomenda ao Encontro Extraordinário sobre tática eleitoral que os
Diretórios Estaduais não possam celebrar coligações majoritárias ou
proporcionais com os seguintes Partidos: PSDB, DEM e PPS.
Artigo 3º: Para efeito do
disposto no artigo anterior, e seguindo
as orientações políticas que serão aprovadas pelo encontro extraordinário de
tática eleitoral, devem ser observados os seguintes procedimentos:
1.
Imediatamente após o processo de
definição de escolha de candidaturas e/ou formação de coligações, a instância
estadual, através de seu presidente, ou de suas Secretarias Geral ou de
Organização, encaminhará a deliberação aprovada para que
seja homologada pela direção nacional;
2.
Por sua vez, a
direção nacional, através de sua
Comissão Executiva Nacional, adotará os procedimentos necessários para
referendar, ou não, a decisão adotada pela instância estadual;
3.
No caso de inobservância, pela instância estadual, de qualquer diretriz
estabelecida pelo encontro extraordinário de tática eleitoral, caberá ao
Diretório Nacional recusar formalmente a homologação da decisão estadual,
procedendo, através da Presidência Nacional ou de suas Secretarias Nacionais
Geral ou de Organização, a intimação do presidente do Diretório
Estadual para dar cumprimento às deliberações da direção nacional, expressas em
Resolução a ser encaminhada ou por fax, endereço eletrônico ou qualquer outro
meio para cumprimento imediato;
Artigo 4º: Em caso de não cumprimento da
deliberação da instância nacional nos
termos acima descritos ou se já tiver sido realizada Convenção oficial sem
observância das normas estatutárias ou das presentes Normas Complementares, as
deliberações estaduais sobre escolha dos candidatos e/ou formação de coligações
serão consideradas nulas para todo e qualquer efeito interno ou legal.
Artigo 5º: Havendo necessidade de realização de
nova escolha de candidaturas e/ou deliberação sobre coligações no Estado, a instância estadual submeterá tais
deliberações à Comissão Executiva Nacional. Em caso de reiterada divergência, caberá ao Diretório Nacional, em
reunião convocada pra este fim, designar um representante com poderes para
efetuar os encaminhamentos legais junto ao respectivo Tribunal Regional
Eleitoral da nova chapa de candidatos estaduais e/ou formação de coligações às
eleições de 2014.
Artigo
6º: A designação do representante da direção nacional ou a anulação das
deliberações estaduais de que tratam as normas anteriores serão decididas pelo
Diretório Nacional do PT, em reunião convocada para este fim, cabendo à
Comissão Executiva Nacional, através do Presidente Nacional, Secretário Geral
Nacional e Secretário Nacional de Organização a expedição de ato conjunto para
o exercício das atribuições deliberadas pelo Diretório Nacional.
Proposta
de Exclusão do Artigo 7º: Para
efeito do disposto no artigo anterior, tanto a designação do representante da
direção nacional, como também a decisão sobre a anulação da Convenção oficial
estadual, incidirão sobre deliberações anteriores ou posteriores à data da
reunião do Diretório Nacional que sejam adotadas pela instância estadual em
desconformidade às normas estatutárias ou às presentes Normas Complementares.
Artigo 8º: As diretrizes referentes às eleições de
2014 mencionadas no artigo 2º, poderão ser alteradas pela direção nacional até
o dia anterior ao início do período de Convenções Oficiais previsto na lei
eleitoral, e deverão ser observadas por todas as instâncias inferiores de
direção, aplicando-se, em caso de inobservância, o disposto nas presentes
Normas Complementares.
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As emendas apresentadas
foram acatadas na reunião, com a exceção da emenda que propunha que fosse o DN
e não a Executiva, a instância a dar a ultima palavra sobre tática e política
de alianças.
No ponto de conjuntura,
apresentamos um projeto de resolução próprio (segue abaixo), que foi emendado, apoiado e
assinado também pela Militância Socialista. Outro projeto de resolução foi
apresentado pelo Secretário-Geral, Geraldo Magela (do Movimento PT). Houve defesas dos
textos e um debate no qual falaram muitos membros do Diretório
Nacional.
Foi muito importante
que a AE + MS tenhamos apresentado um texto alternativo, não só pelas insuficiências do texto
apresentado pela fração majoritária, mas também para dar maior nitidez ao debate sobre a necessária mudança de estratégia e linha
política para vencermos as eleições deste ano em condições de um segundo mandato superior ao atual, bem como nitidez aos temas importantes que
queremos antecipar no debate programático, assim como sobre a atuação do PT e dos
movimentos nas lutas sociais do período.
Sobre o debate em si,
foi dado um informe geral do presidente do PT sobre a situação do Congresso e
do PMDB, sem grandes novidades. Não foi tratada nenhuma tática eleitoral
estadual em específico, mas várias falas apontaram para uma leitura de que
estão se acentuando as contradições das alianças com o crescimento do próprio
PT. Também foi abordada a importância do PT avançar no debate programático sobre
as reformas populares não realizadas, o tema da segurança pública, da desmilitarização
e o enfrentamento às iniciativas legislativas anti-terror ou anti-manifestação.
Em resumo, o debate interno é muito mais crítico do que as resoluções que são aprovadas
e que não cumprem o papel de preparar o partido para as tarefas que se
avizinham.
Projeto de resolução
(para debate no DN de 20 de
março)
1. As eleições presidenciais de
2014 constituem o centro da tática do PT na atual conjuntura. Isto significa
que a batalha em torno de quem ocupará a presidência da República no período
2015-2018 está no centro das preocupações e movimentações de todas as classes
sociais e frações de classe, de todos os movimentos sociais e populares, de
todos os meios de comunicação, governantes, parlamentares e partidos políticos.
Como vem ocorrendo desde 1989, as eleições presidenciais cristalizam o estado
da arte da luta de classes no Brasil.
2.Para tentar recuperar o
controle pleno do governo federal, a oposição de direita conta com duas
candidaturas presidenciais: a candidatura Aécio Neves e a candidatura Eduardo
Campos.
3.A candidatura Aécio Neves é a
candidatura do PSDB, partido do grande capital financeiro e transnacional: suas
chances de vencer a eleição presidencial dependem da capacidade de conquistar o
apoio daqueles setores do eleitorado que oscilam entre o PT e o PSDB, no
segundo turno.
4.A candidatura bicéfala da dupla
Eduardo Campos/Marina, lançada pelo consórcio PSB/Rede, só têm chances de ir ao
segundo turno da eleição presidencial, se conquistar o apoio de quem não se
identifica nem com PT, nem com PSDB e vencer o segundo turno, se contar com o
apoio do eleitorado do PSDB. A dinâmica política impõe, portanto, uma
aproximação programática entre as duas candidaturas, já no primeiro turno, e
uma aproximação eleitoral, no segundo turno.
5. O Partido dos Trabalhadores
tem como objetivo vencer as eleições presidenciais de 2014. Ou seja: eleger a
presidenta Dilma Rousseff para um segundo mandato presidencial.
6. E para isso dispomos de dois motivos
fundamentais: o primeiro deles é um balanço globalmente positivo de seu mandato;
e o segundo é para evitar o retrocesso que seria causado por uma eventual
vitória das candidaturas oposicionistas.
7. O Partido dos Trabalhadores
não quer apenas vencer as eleições presidenciais de 2014, mas vencer criando as
condições para um segundo mandato superior ao atual, ampliando a base de apoio
no Congresso, nos governos de estado e nos movimentos sociais. Este é o desejo
não apenas do PT, mas da maioria do povo brasileiro, que, segundo as pesquisas,
indicam a Presidenta Dilma preferida da maioria do eleitorado, mas ao mesmo
tempo quer mudanças no segundo mandato, ou seja, a maioria do eleitorado e do
povo brasileiro deseja que o segundo mandato Dilma “continue mudando” o Brasil.
8. No Brasil e em toda a América
Latina, continua posta a tarefa de superar a hegemonia neoliberal, nas suas
três dimensões: o domínio imperial norte-americano, a ditadura do capital
financeiro e a lógica do Estado mínimo, cujo enfrentamento exige aprofundar e
radicalizar as iniciativas de integração latino-americana e caribenha.
9. Duas décadas perdidas, uma
delas de hegemonia neoliberal, produziram uma tragédia que está longe de ser
debelada e que só o será através de reformas estruturais e de políticas sociais
universalizantes. É preciso democratizar radicalmente o país, o que inclui
mudanças no modelo de Estado, mecanismos de controle social, reforma política,
combate ao monopólio dos meios de comunicação, fortes políticas de cultura e
educação.
10.Precisamos de um
desenvolvimento centrado na ampliação do público e do social, da produção e do
mercado interno de massas, de vultosos investimentos estatais em
infraestrutura, políticas sociais e reformas estruturais (com destaque para as
reformas agrária e urbana). É preciso ampliar o orçamento destas áreas, em
detrimento dos encargos da dívida financeira.
11. De acordo com estas
orientações, o Diretório Nacional do PT apresentará, ao Encontro Nacional do PT
sobre tática eleitoral, um documento de Diretrizes de Programa de Governo
(2015-2018), destacando medidas nas áreas de reforma urbana, reforma agrária,
segurança pública, educação e saúde, redução dos juros e redução da jornada de
trabalho para 40 horas semanais. Este documento incluirá ainda os seguintes
pontos:
a) o Banco Central deve perseguir
metas combinadas de inflação, crescimento e emprego. Redução imediata da taxa
Selic. As taxas de juros determinadas pelo Copom devem ser compatíveis com as
metas de crescimento e emprego. A redução da relação dívida/PIB será buscada,
não através de altas taxas de superávit primário, mas sim através do
crescimento do Produto Interno.
b) subsídios e isenções
exclusivamente vinculados a contrapartidas sociais e ambientais.
c) ampliação dos investimentos no
setor social (10% da saúde e 10% da educação), libertar os estados, asfixiados
pela herança fiscal maldita deixada por FHC;
d) ampliação dos investimentos na
reforma urbana, com base no Estatuto das Cidades, enfatizando o tema do
transporte público e saneamento básico;
e) implementação da reforma agrária
ampla, nenhum sem terra e nenhum latifúndio improdutivo;
f) apoio e efetivação das
demarcações e terras e outras lutas dos povos indígenas;
g) defesa da Pauta da Classe
Trabalhadora apresentada à Presidenta Dilma pelas centrais sindicais em março de
2013;
h) desmilitarização das polícias;
i) vinculação das conclusões da
Comissão da Verdade à defesa da revisão da Lei da Anistia;
j) mudar as regras comerciais do
setor de Comunicação, desconcentrar as verbas publicitárias, estimular a mídia
democrática e independente e construir uma forte rede pública de rádio e
televisão.
12. Para implementar este
programa, necessitamos de uma grande vitória em 2014, que se reflita na
composição do futuro Congresso Nacional e em quem será eleito para governar os
estados brasileiros. Para tal, necessitamos não apenas de uma campanha
eleitoral, mas de um grande movimento político, que articule partidos,
movimentos, bancadas e governos; e exigirá que tenhamos a maturidade de
entender que a maioria do povo brasileiro tem consciência política, sabe que há
problemas reais no país, sabe que nosso governo não é perfeito e ainda assim
poderá repetir seu voto em nós, se conseguirmos convencê-lo não apenas do que
fizemos, mas principalmente acerca do que faremos, das mudanças que nós mesmos
seremos capazes de fazer, inclusive corrigindo nossos erros.
13.O programa 2015-2018 deve
aprender com o caso do Mais Médicos, pois quando uma ação tem apoio popular,
quando o governo e o partido estão articulados em sua defesa, quando existe uma
real decisão de vencer, é possível dividir o inimigo e obter uma vitória.
14. Por isto, defendemos: a) uma
campanha politizada, que polarize programaticamente com as duas fórmulas
opositoras (Aécio & Eduardo/Marina); b) uma campanha que combine a ação
estritamente eleitoral, com a mobilização em favor do plebiscito da
constituinte, da lei da mídia democrática, da plataforma da classe trabalhadora
e da juventude; c) uma política de alianças baseada neste compromisso
político-programático; d) a ampliação de nosso quadro de governadores e
parlamentares.
15. O Diretório Nacional do PT
faz um chamamento específico para que toda nossa militância se engaje no apoio
ao Plebiscito popular por uma constituinte para fazer a reforma política.
16. O Partido dos Trabalhadores
não confunde alianças com troca de favores, nem com comércio de tempo de
televisão. É esta pré-condição, indispensável para uma aliança, que esperamos
ver prevalecer nos partidos com os quais pretendemos nos coligar, inclusive no
PMDB.
17. O Diretório Nacional do PT
implementará uma tática de ampliação de nossas bancadas, especialmente no
Senado e na Câmara dos Deputados , agindo como se o voto fosse em lista,
fazendo campanhas de voto na legenda, centralizando o uso dos recursos
financeiros de campanha nesse sentido, dando tratamento preferencial para as candidaturas
de mulheres, de jovens e de candidaturas negros.
18. O ano de 2014 será marcado
por grandes lutas políticas, não apenas eleitorais. E é deste ângulo que
enfrentamos o debate acerca da Copa, das manifestações e da violência policial,
(debate que ganhou tremendo espaço depois do desaparecimento do Amarildo, do
assassinato de um jornalista fotográfico e do espancamento e morte de uma
mulher, no Rio de Janeiro), crimes que repudiamos com todas as nossas forças,
mas sem em nenhum momento concordamos com a posição dos que pretendem, usá-los
como pretextos para a redução da maioridade penal, ou para a “atualização do
marco legal” e com a “proximidade da Copa”, adotar uma legislação “celerada”,
que legalize a violência policial-militar contra os movimentos sociais e contra
a população pobre em geral.
19. Através da Copa, nosso
governo buscou desencadear um conjunto de investimentos públicos e privados em
infraestrutura urbana. Evidentemente, numa sociedade como a nossa, os efeitos
positivos são acompanhados de enormes contradições. Há verdadeiras quadrilhas
disputando os grandes negócios urbanos e a condução do mundo esportivo nacional
e internacional, assim como há governos estaduais que causaram danos sociais ao
implementar as obras da Copa. O Partido dos Trabalhadores, portanto, adota uma
atitude crítica frente ao chamado “legado da Copa”. Ao mesmo tempo, recusamos
totalmente a palavra de ordem “não vai ter Copa”, que significaria na prática
inviabilizar o evento.
20. O PT distingue os movimentos
de protesto legítimos, que mobilizam setores populares vítimas por exemplo de
remoções, daqueles movimentos que constituem cobertura ou ambiente propício
para ações políticas de direita. E consideramos decisivo
combater a violência nas
manifestações, o que implica em:
a) a desmilitarização das
polícias: grande parte dos atos de violência ocorridos nos últimos meses tem
origem na ação ou falta de ação dos aparatos policiais. É preciso denunciar a
atitude predominante nas polícias: a provocação e a permissividade quando
interessa gerar o caos; o racismo e atitudes militaristas, quando interessa
impor o medo. E as vítimas, em sua grande maioria, sempre jovens e negras;
b) a necessidade de localizar,
prender, julgar e punir, nos termos da lei, atos individuais de violência. O
que temos visto em algumas manifestações não é qualitativamente distinto do que
assistimos nos estádios, no conflito entre torcidas. Não é preciso lei
“anti-terrorista” para enfrentar esta situação, não há fatos novos que exijam
nova legislação;
c) a uma ação preventiva contra a
proliferação de grupos fascistas, racistas, homofóbicos, de “vigilantes”. Há
setores médios que, atendendo ao discurso histérico de certa direita, estão
sendo estimulados, financiados e dirigidos no sentido de gerar situações de
conflitos.
21. O Diretório nacional do PT
conclui sua reunião, lembrando os 50 anos do golpe militar de 1964, exemplo do
que as classes dominantes são capazes de fazer contra a democracia, a soberania
nacional e o bem estar social do nosso povo. Para que nunca mais haja golpes
nem ditadura em nosso país precisamos ampliar a consciência, a organização e a
fortaleza dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, dos parlamentos e dos
governos democráticos, mas, principalmente, precisamos de um Partido dos
Trabalhadores que esteja à altura dos grandes desafios históricos de nosso
tempo.
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos
populares do PT
Maristella
Victor de Mato, secretária Nacional de Mobilização do PT
Rosana Ramos, membro do Diretório Nacional do PT
Adriano de Oliveira, membro do Diretório Nacional
do PT
Jandyra Uehara, membro da executiva nacional da CUT
e do Diretório Nacional do PT
José Roberto
Paludo, membro do Diretório Nacional do PT
Natália
Cindra, membro do Diretório Nacional do PT
Nosso projeto de resolução foi derrotado, prevalecendo o texto apresentado pelo Geraldo Magela, que recebeu o voto da maioria, inclusive da Mensagem ao Partido/DS etc.
Outro projeto de
resolução por nós apresentado (abaixo), que trata do apoio do PT às candidaturas
de mulheres em 2014, foi remetido para o Encontro Nacional de 2 a 4 de maio.
Proposta de resolução ao DN do PT em
apoio às candidaturas de mulheres em 2014
O Partido dos Trabalhadores defende os direitos das mulheres. A primeira presidenta da República é do PT. Somos o primeiro partido brasileiro a aprovar a paridade de gênero em seus organismos dirigentes. Defendemos uma reforma política, que introduza o voto em lista partidária, para garantir a paridade também no processo eleitoral.
Com estes objetivos, o Partido dos Trabalhadores tem participado ativamente da campanha do plebiscito popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, em defesa do financiamento publico de campanha, do fortalecimento dos partidos, da ampliação dos instrumentos de democracia direta, participação popular e a representação dos trabalhadores, das mulheres, dos negros e negras e da juventude.
Entretanto, enquanto a reforma política não vem, precisamos adotar medidas imediatas para aumentar a presença de mulheres, especialmente das petistas, nos parlamentos estaduais e no Congresso Nacional.
Nesse sentido, o Diretório Nacional do PT aprova a seguinte resolução:
1.Que o Diretório Nacional do PT, bem como as direções estaduais, darão tratamento especial para as candidatas a deputada federal e a deputada estadual nas eleições de 2014.
2.Por tratamento especial, entenda-se: campanha institucional, inclusive no horário eleitoral gratuito, pedindo voto nas candidatas mulheres; apoio partidário no planejamento das candidaturas, inclusive pesquisas; apoio com impressos de campanha fornecidos pelo Partido; apoio financeiro, através de transferência de recursos do comitê partidário para os comitês proporcionais de candidaturas mulheres.
3.No mesmo sentido, o PT aprova que este tratamento especial seja progressivamente estendido a candidaturas de negros e negras, de indígenas e pessoas com deficiência, bem como de jovens.
4.Entendemos que uma decisão deste tipo antecipa os efeitos positivos da reforma política defendida pelo Partido (que inclui voto em lista, com paridade de gênero) e constitui uma demonstração prática de apoio à luta das mulheres
Brasília, 20 de março de 2014.
O Partido dos Trabalhadores defende os direitos das mulheres. A primeira presidenta da República é do PT. Somos o primeiro partido brasileiro a aprovar a paridade de gênero em seus organismos dirigentes. Defendemos uma reforma política, que introduza o voto em lista partidária, para garantir a paridade também no processo eleitoral.
Com estes objetivos, o Partido dos Trabalhadores tem participado ativamente da campanha do plebiscito popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, em defesa do financiamento publico de campanha, do fortalecimento dos partidos, da ampliação dos instrumentos de democracia direta, participação popular e a representação dos trabalhadores, das mulheres, dos negros e negras e da juventude.
Entretanto, enquanto a reforma política não vem, precisamos adotar medidas imediatas para aumentar a presença de mulheres, especialmente das petistas, nos parlamentos estaduais e no Congresso Nacional.
Nesse sentido, o Diretório Nacional do PT aprova a seguinte resolução:
1.Que o Diretório Nacional do PT, bem como as direções estaduais, darão tratamento especial para as candidatas a deputada federal e a deputada estadual nas eleições de 2014.
2.Por tratamento especial, entenda-se: campanha institucional, inclusive no horário eleitoral gratuito, pedindo voto nas candidatas mulheres; apoio partidário no planejamento das candidaturas, inclusive pesquisas; apoio com impressos de campanha fornecidos pelo Partido; apoio financeiro, através de transferência de recursos do comitê partidário para os comitês proporcionais de candidaturas mulheres.
3.No mesmo sentido, o PT aprova que este tratamento especial seja progressivamente estendido a candidaturas de negros e negras, de indígenas e pessoas com deficiência, bem como de jovens.
4.Entendemos que uma decisão deste tipo antecipa os efeitos positivos da reforma política defendida pelo Partido (que inclui voto em lista, com paridade de gênero) e constitui uma demonstração prática de apoio à luta das mulheres
Brasília, 20 de março de 2014.
Bruno Elias, secretário nacional de
movimentos populares do PT
Rosana Ramos, membro do Diretório
Nacional do PT
Adriano de Oliveira, membro do
Diretório Nacional do PT
Jandyra Uehara, membro da executiva
nacional da CUT e do Diretório Nacional do PT
Foram aprovados ainda
dois encaminhamentos: 1) o V Congresso do PT se realizará no segundo semestre
de 2015; 2) O PT receberá até o dia 5 de abril contribuições das chapas,
dirigentes e tendências para as diretrizes do programa de governo.
A esse respeito (diretrizes), falaremos na próxima edição de Orientação Militante.
Edições anteriores
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http://vpomar.blogspot.com.br/2014/03/orientacao-militante-16-20-de-marco-de_20.html
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